2 de maio de 2004

ENTRETENIMENTO
Fui ontem ver o "My Fair Lady", no teatro Politeama. Estava em cena há um ror de tempo e eu queria ver o que o La Feria tinha feito com esta versão do Pigmaleão.
Que dizer? As músicas são boas, a orquestra é óptima (gostava de saber quantos espectáculos teatrais em Portugal têm noite após noite uma orquestra ao vivo...), a história é divertida e há boas vozes.
Tirando o desconforto das cadeiras o público gostou bastante. Numa sala cheia (dezenas e dezenas de espectáculos depois, mais ou menos o mesmo que acontece com as peças incensadas na imprensa...), aconteceu uma noite de entretenimento puro. Sem mais.
Está certo que a Anabela tem tanto jeito para representar como eu tenho para a renda de bilros, ou que o Miguel... (esqueci-me o nome, mas escreveu uma coisa chamada "Toma lá uma Queca", ou assim...) é um canastrão incorrigível) e que a tradução apressada das letras leva a que os cantores se desunhem para apanhar a música a tempo, mas o espectáculo continua a ser muito válido. Não fosse tudo isto e a pavorosa cenografia (a mesma trampa que já tinha acontecido na versão de "A casa do lago" e poderíamos ser transportados até Londres.
Na paragem do autocarro as pessoas trauteavam. Nunca vi isto à saída do Nacional...

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